Era uma vez uma pequena menina.
Era uma menina que tinha uns olhos castanhos enormes, uns olhos que tudo queriam ver.
Era uma menina que tinha uns cabelos quase negros, uns cabelos que ela adorava sentir dançar quando o vento passava os seus dedos por eles.
Era uma menina que tinha uns lábios vermelhos, uns lábios sempre abertos num sorriso qu ela amava espalhar.
Era uma menina que sempre acreditou não ser especial. Uma menina que mandavam calar quando começava a cantar. Uma menina que mandavam parar quando se aventurava a dançar.
Era uma menina que se encolhia a imaginar histórias em que ela pudesse ser uma princesa. E assim cresceu ela, a acreditar em magia, fadas e principes encantados.
Uma menina já não tão menina que amava toda a gente e – pensava ela – todos amavam de volta.
Oh, que igénua criança.
Um dia ela acordou, pronta para amar e ser amada de volta, quando lhe disseram uma vez mais que ela não era especial. Para ela se calar e parar. E foi aí que a menina já não tão menina se apercebeu que nem todos a amavam de volta.
Ela continuou a amar. Mas continua a sentir que não é especial.
1 comentário:
uma menina que eu acho que conheço.
ai amor, deves crescer com os erros e aprender, isso tudo, mas custa-me bué ver-te assim.
sabes que estou aqui, do outro lado do ecrã, sempre sempre <3
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